Médica alerta que é
preciso mudar a forma de as empresas organizarem o trabalho, como forma ideal
de prevenir que funcionários contraiam doenças físicas e transtornos mentais
Repetitivo
(LER) é justamente a forma como as empresas organizam suas respectivas
produções. Hoje (28) é o Dia Internacional de Prevenção à LER, tipo de
lesão física diretamente relacionada a atividades profissionais.
“O
trabalho é organizado de forma a otimizar o tempo ao máximo e os trabalhadores
muitas vezes têm de cumprir metas de produção e produtividade inalcançáveis. É
aí que acontece a doença", explicou hoje (28), em sua coluna semanal na Rádio Brasil Atual.
A médica Maria Maeno explica que a tentativa de 'otimizar' o tempo do trabalhador leva a lesões (Foto: Juca Varella/Folhapress) |
A
médica relatou que a LER causa lesões nos sistemas muscular, esquelético e
nervoso, e que os sintomas começam com dores, dormências e formigamento nos
membros. “Muitas vezes, os trabalhadores desatentos, só percebem as dores
quando o quadro já está avançado. É importante então que eles prestem atenção
no seu corpo e saibam reconhecer estes sintomas.”
O quadro avançado da LER
podem evoluir para a dor crônica. "Neste caso as medicações
anti-inflamatórias normais não surtem o mesmo efeito. A dor, independentemente
do movimento, se instala no corpo da pessoa, diminuindo não só a capacidade de
trabalho como outras atividades do dia a dia", disse, ressaltando ainda o
forte impacto psicológico que costuma acompanhar o quadro.
Entre os ramos de
atividade econômica com maior incidência desse tipo de doença associada às
condições de trabalho, os bancos ocupam lugar de destaque negativo.
Frigoríficos, linhas de montagem em geral e o comércio igualmente mantêm uma
forma de organizar o trabalho sem levar em conta a necessidade de preservar a
integridade física e mental de seus funcionários.
Aqui o áudio do programa com o comentário completo da Maria Maeno:
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