terça-feira, 6 de agosto de 2013

FAPESP APROVA PROJETO DA UNESP SOBRE PONTAL DO PARANAPANEMA

Objetivo é estudar relações de trabalho e formas de uso da terra e da água


A Unesp de Presidente Prudente acaba de ter aprovado e implementado junto à Fapesp o Projeto Temático ‘Mapeamento e análise do território do agrohidronegócio canavieiro no Pontal do Paranapanema – São Paulo – Brasil: relações de trabalho, conflitos e formas de uso da terra e da água, e a saúde ambiental’. Houve aprovação de R$ 1 milhão para execução no período de 1º de agosto de 2013 a julho de 2018. A coordenação é de Antonio Thomaz Junior, da Unesp de Presidente Prudente.
O projeto desenvolverá uma abordagem crítica acerca das questões da agroenergia e dos agrocombustíveis, com as atenções voltadas para a expansão e consolidação do capital agroindustrial canavieiro e os impactos nas formas de uso da terra e da água, e da saúde do trabalhador, no contexto do Polígono do Agrohidronegócio, no Pontal do Paranapanema.
Para isso, será levada em conta a correlação entre as formas de uso da terra e da água e a legalização da grilagem por parte do agrohidronegócio, assim como seus desdobramentos para as ações políticas em torno da Reforma Agrária, e de temas ligados à Geografia do trabalho e da saúde ambiental.
Assim, o projeto busca novos referenciais teóricos para romper as fragmentações clássicas dos estudos sobre a dinâmica da sociedade e da natureza. Da mesma forma, do ponto de vista metodológico, procura desenvolver metodologias de mapeamento e de aplicação de geotecnologias para apreender o movimento do trabalho e da natureza por dentro das disputas territoriais.
Diante desses desafios, a proposta é apreender o conteúdo e o significado dos conflitos sociais, sem perder de vista questões relacionadas à soberania alimentar e energética e à sustentabilidade ambiental. Dessa maneira, é relevante o aprofundamento do estudo sobre as formas de gestão e controle da água e das relações de trabalho, bem como de sua face nociva, quando consideramos a transmissão de doenças, contaminação ambiental, mutilação e morte dos trabalhadores, pois é uma possibilidade de discutirmos a invisibilidade social das doenças relacionadas ao trabalho, no Brasil, especialmente nas atividades agroenergéticas.
“A questão central é compreender o desenvolvimento destrutivo das forças produtivas e que o capitalismo globalizado apresenta um movimento intenso e contraditório de integração, fragmentação, polarização, que redimensiona constantemente a diferenciação dos espaços sociais”, afirma o coordenador.
Os pesquisadores principais são: Antonio Cezar Leal e Raul Borges Guimarães, da Unesp de Presidente Prudente, além de Ailton Luchiari, do Departamento de Geografia/FFLCH/USP.
Participam ainda o Coletivo de Pesquisadores CETAS (Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde), pesquisadores associados (Carlos Alberto Feliciano (FCT/UNESP), Edvânia Ângela de Souza Lourenço (FCHS/UNESP/Franca), Iracimara de Anchieta Messias (FCT/UNESP), Maria Aparecida de Morais Silva (UFSCar), Paulo Cesar Rocha (FCT/UNESP) e Renata Ribeiro de Araújo (FCT/UNESP) e pesquisadores convidados (Ioshiaqui Shimbo (UFSCar), Maria Zanin (UFSCar), Raquel Maria Rigotto (UFC), Ricardo Luis do Coltro Antunes (IFCH/UNICAMP), Samuel do Carmo Lima (UFU), Fernando Jesus Plaza del Pino (Universidade de Almeria – Espanha), Jorge Amancio Pickenhayin (Universidade Nacional de San Juan – Argentina), Luisa Ignez Rojas (Universidade de Cuba), Margarida Maria de Araújo Abreu Vilar de Queirós do Vale (Universidade de Lisboa – Portugal) e Mário Adriano Ferreira do Vale (Universidade de Lisboa – Portugal).
(Portal Unesp) 


Para mais informações:

http://www.cruesp.sp.gov.br/?p=4826

Nenhum comentário:

Postar um comentário