Objetivo é estudar relações de trabalho
e formas de uso da terra e da água
A Unesp de Presidente Prudente
acaba de ter aprovado e implementado junto à Fapesp o Projeto Temático
‘Mapeamento e análise do território do agrohidronegócio canavieiro no Pontal do
Paranapanema – São Paulo – Brasil: relações de trabalho, conflitos e formas de
uso da terra e da água, e a saúde ambiental’. Houve aprovação de R$ 1 milhão
para execução no período de 1º de agosto de 2013 a julho de 2018. A coordenação
é de Antonio Thomaz Junior, da Unesp de Presidente Prudente.
O projeto desenvolverá uma abordagem
crítica acerca das questões da agroenergia e dos agrocombustíveis, com as
atenções voltadas para a expansão e consolidação do capital agroindustrial
canavieiro e os impactos nas formas de uso da terra e da água, e da saúde do
trabalhador, no contexto do Polígono do Agrohidronegócio, no Pontal do
Paranapanema.
Para isso, será levada em conta a
correlação entre as formas de uso da terra e da água e a legalização da
grilagem por parte do agrohidronegócio, assim como seus desdobramentos para as
ações políticas em torno da Reforma Agrária, e de temas ligados à Geografia do
trabalho e da saúde ambiental.
Assim, o projeto busca novos
referenciais teóricos para romper as fragmentações clássicas dos estudos sobre
a dinâmica da sociedade e da natureza. Da mesma forma, do ponto de vista
metodológico, procura desenvolver metodologias de mapeamento e de aplicação de
geotecnologias para apreender o movimento do trabalho e da natureza por dentro
das disputas territoriais.
Diante desses desafios, a proposta é
apreender o conteúdo e o significado dos conflitos sociais, sem perder de vista
questões relacionadas à soberania alimentar e energética e à sustentabilidade
ambiental. Dessa maneira, é relevante o aprofundamento do estudo sobre as
formas de gestão e controle da água e das relações de trabalho, bem como de sua
face nociva, quando consideramos a transmissão de doenças, contaminação
ambiental, mutilação e morte dos trabalhadores, pois é uma possibilidade de
discutirmos a invisibilidade social das doenças relacionadas ao trabalho, no
Brasil, especialmente nas atividades agroenergéticas.
“A questão central é compreender o
desenvolvimento destrutivo das forças produtivas e que o capitalismo
globalizado apresenta um movimento intenso e contraditório de integração,
fragmentação, polarização, que redimensiona constantemente a diferenciação dos
espaços sociais”, afirma o coordenador.
Os pesquisadores principais são:
Antonio Cezar Leal e Raul Borges Guimarães, da Unesp de Presidente Prudente,
além de Ailton Luchiari, do Departamento de Geografia/FFLCH/USP.
Participam ainda o Coletivo de
Pesquisadores CETAS (Centro de Estudos do Trabalho, Ambiente e Saúde),
pesquisadores associados (Carlos Alberto Feliciano (FCT/UNESP), Edvânia Ângela
de Souza Lourenço (FCHS/UNESP/Franca), Iracimara de Anchieta Messias
(FCT/UNESP), Maria Aparecida de Morais Silva (UFSCar), Paulo Cesar Rocha
(FCT/UNESP) e Renata Ribeiro de Araújo (FCT/UNESP) e pesquisadores convidados
(Ioshiaqui Shimbo (UFSCar), Maria Zanin (UFSCar), Raquel Maria Rigotto (UFC),
Ricardo Luis do Coltro Antunes (IFCH/UNICAMP), Samuel do Carmo Lima (UFU),
Fernando Jesus Plaza del Pino (Universidade de Almeria – Espanha), Jorge
Amancio Pickenhayin (Universidade Nacional de San Juan – Argentina), Luisa
Ignez Rojas (Universidade de Cuba), Margarida Maria de Araújo Abreu Vilar de
Queirós do Vale (Universidade de Lisboa – Portugal) e Mário Adriano Ferreira do
Vale (Universidade de Lisboa – Portugal).
(Portal Unesp)
(Portal Unesp)
Para mais informações:
http://www.cruesp.sp.gov.br/?p=4826
http://www.cruesp.sp.gov.br/?p=4826
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